As redes sociais seguem em constante evolução e, nesse processo, “novos” (ou não tão novos assim) recursos começam a ser disponibilizados. Mas, será que sabemos diferenciar corretamente estas opções de conteúdo? Ou melhor, será que estamos usando-os de forma correta? Nesta publicação vamos falar sobre dois tipos de formatos que são confundidos, embora sejam diferentes. São eles: GIF e vídeo.
Contextualizando, o GIF — Graphics Interchange Format, podendo ser traduzido para “formato para intercâmbio de gráficos” — foi desenvolvido pela CompuServe em 1987 e, na prática, veio para substituir o RLE (formato que só permitia preto e branco). Os objetivos do GIF, além de trazer uma paleta limitada de até 256 cores, era ser um formato leve para download, já que a conexão à internet da época era lenta.
A extensão permite criar pequenas animações, que são na verdade um grupo de imagens compactadas em um único arquivo, conhecido como GIF animado. E é por esta função que o formato segue vivo com tanta força até os dias atuais, principalmente após o surgimento das redes sociais.
Entre as principais redes que aceitam GIFs em suas publicações, temos: Facebook, Twitter, LinkedIn, WhatsApp e Pinterest; entretanto há a possibilidade de usar essas imagens também nos Stories e mensagens do Instagram. Além disso, temos algumas plataformas voltadas para hospedagem dessas animações, como o GIPHY — maior produtor do segmento na atualidade, com mais de 2 bilhões de compartilhamentos diários, segundo matéria divulgada em 2018 pela Época Negócios.
O vídeo, por sua vez, é uma forma de captação e reprodução de imagens por meio de processamento de sinais eletrônicos, analógicos ou digitais. O termo também é designado para a gravação de imagens em movimento, com a possibilidade de inserir sons.
Diferentemente do GIF, o vídeo não possui uma limitação de cores. Pelo contrário, há diversos tipos de formatos e qualidade. Focando apenas no digital, é comum ver vídeos em formato MP4 e AVI; quanto à qualidade, esta é influenciada pela rede ao qual o conteúdo será publicado. Usando o YouTube como referência, o serviço de streaming comporta vídeos com uma resolução de até 8 mil pixels, conhecido como 8K.
Mas qual a diferença entre GIF e vídeo?
Após essa breve contextualização, é possível perceber que o GIF se trata de uma formatação de imagem (.gif) com a possibilidade de ser animada. Enquanto o vídeo refere-se a uma técnica de reprodução eletrônica de imagens em movimento — podendo ser apresentado em formatos variados — que ainda permite a inserção de uma base sonora. Simples assim!
E qual a melhor opção?
Não há necessariamente uma opção melhor, há aquela que se adeque ao objetivo. Vamos às explicações:
O GIF animado é conhecido pelas suas pequenas animações e pelo baixo tamanho de armazenamento, tornando seu carregamento mais leve e rápido. Por ter um curto tempo de tela, mesmo estando em looping, o conteúdo acaba sendo mais fácil de consumir, com a mensagem sendo entregue em poucos segundos.
Sem falar que o GIF foi idealizado para o meio digital, ou seja, é a língua e cultura da internet. As pessoas vão consumir material se estiver criativo, pode ser um meme, figurinha, trecho de vídeo. Podemos até encarar como uma pequena evolução da publicação estática, dando mais vida com alguns elementos animados.
Mas, se o foco é um conteúdo mais elaborado, em que haja um envolvimento maior, o vídeo pode melhor atender essa necessidade. Além de atrair mais atenção dos usuários — se comparado com uma imagem estática —, o vídeo, junto com o som tem poder de despertar o interesse no consumidor sobre a mensagem transmitida, que, por sinal, acaba sendo absorvida muito mais rápido. Para ter uma noção, de acordo com Dr. James McQuivey, da Forrest Research, 1 minuto de vídeo equivale a 1,8 milhão de palavras.
O vídeo permite uma compreensão maior entre a comunicação e o público. Conforme pesquisa realizada pelo Invodo, 71% dos consumidores questionados afirmam que os vídeos são a melhor forma de trazer um produto à realidade, com 57% ficando mais confiantes após assistirem esses materiais. Já em estudo realizado pela State of Video Marketing, em 2017, 83% dos consumidores consideram compartilhar um vídeo criado por uma marca. Enquanto isso, neste mesmo ano, a HubSpot afirmou que o consumo de vídeos por dispositivos móveis tem um aumento anual de 100%.
Conclusão
Bom, no final, o importante é traçar suas estratégias e usar estes recursos da melhor forma para conversar com o conteúdo que deseja transmitir e o público que quer atingir, seja em GIF ou com um vídeo. Ambos têm poder de impactar, interagir e causar emoção no receptor da mensagem, porém, em proporções diferentes. Tudo é uma questão de finalidade.
Se deseja comunicar algo rápido, que não exigia muitos recursos e que ainda assim tem um poder de atrair atenção, o GIF vai atender todas essas necessidades. Mas, se o material exige algo mais elaborado, com mais recursos (exemplo: trilha sonora), mais tempo de duração, é melhor apostar no vídeo.
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Curiosidade: De acordo com Steve Wilhite — um dos criadores do GIF —, a pronuncia correta é “JIF” (em português seria algo mais ou menos como “DJIF”), e não “GUIF” como estamos habituados a ouvir e falar.